16 de fevereiro de 2017

Mecanismos de defesa: 10 maneiras de NÃO enfrentar a realidade



Os mecanismos de defesa da Psicanálise

Sigmund Freud falou que o papel do EGO é satisfazer os impulsos de ID e não ofender o caráter moral do SUPER EGO, enquanto a realidade é apreciada. Não é uma tarefa fácil, e Freud descreveu os mecanismos que usamos para gerenciar os conflitos entre essas instâncias psíquicas. Mecanismos de defesa, portanto, são procedimentos inconscientes que mantém o equilíbrio psicológico ao enfrentarmos a ansiedade associada à exposição consciente de uma representação pulsional (sexual ou agressiva) ou com a transgressão de um código moral.

Mecanismos de defesa são formas incorretas de resolver um conflito psicológico e podem levar a distúrbios na mente, no comportamento e, em casos extremos, na somatização do conflito psicológico. Aqui estão 10 mecanismos de defesa:

1. Deslocamento

Refere-se ao redirecionamento de um pulso (geralmente uma agressão) para uma pessoa ou objeto. Por exemplo, alguém que está frustrado com seu chefe e chuta o seu cão.

2. Sublimação

É similar ao redirecionamento, mas o impulso é canalizado para uma forma mais aceitável. Um instinto sexual é sublimado em um propósito não-sexual, sendo redirecionado para uma atividade aceita socialmente, como uma atividade artística, física ou objetos de pesquisa intelectual.


3. Repressão

É o primeiro mecanismo de defesa descoberto por Freud. Refere-se ao fato do EGO reprimir desejos e pensamentos que causariam dor se estivessem no nível consciente, pois a satisfação do desejo reprimido é inconciliável com outras exigências do SUPER EGO.



4. Projeção


Refere-se a indivíduos que atribuem os seus próprios pensamentos, motivos ou sentimentos para outra pessoa. As projeções mais comuns são comportamentos agressivos que levam a um sentimento de culpa e fantasias não-aceitas socialmente ou pensamentos sexuais. Por exemplo, uma garota odeia sua companheira de quarto e seu SUPER EGO diz que isso é inaceitável. Seu EGO então resolve o problema projetando o ódio para a outra pessoa, e acreditando que é a companheira de quarto que odeia ela.




5. Negação

É o mecanismo pelo qual o sujeito bloqueia eventos externos para que não façam parte da consciência e, portanto, trata aspectos óbvios da realidade como inexistentes. Por exemplo, um fumante que nega que o tabagismo pode causar sérios problemas para sua saúde.


6. Regressão

Refere-se a qualquer retrocesso a situações ou hábitos anteriores, um retorno a padrões de comportamento imaturos. Por exemplo, um adolescente que ao não receber permissão para sair no fim de semana, tem um acesso de raiva e choro na frente de seus pais.

7. Formação Reativa

Os impulsos são apenas reprimidos, mas também são controlados através do exagero do comportamento oposto. Ou seja, a ocorrência de um pensamento doloroso é substituído por outro, mais agradável. Por exemplo, uma pessoa está muito irritada com um amigo, mas diz que está tudo bem para evitar uma discussão.


8. Isolamento

É um mecanismo pelo qual as memórias se divorciam dos sentimentos, para que a pessoa consiga suportar os fatos. Se separa uma memória intolerável para o EGO das emoções que ela produz, assim ela permanece na consciência de uma forma enfraquecida. Por exemplo, falar  de um evento traumático como algo normal, como se estivesse falando sobre o tempo.


9. Condensação


É um mecanismo pelo qual os elementos do inconsciente (conteúdo latente) são combinados em uma única imagem ou objeto durante o sono. É a concentração de vários significados num único símbolo. O processo de condensação faz com que a história do conteúdo manifesto seja muito menor do que a descrição do conteúdo latente. É um termo que surgiu das explicações psicanalíticas sobre a origem dos sonhos.



10. Racionalização

A racionalização é a substituição da razão verdadeira, mas não-aceitável, por outra, aceitável. Ou seja, altera-se a perspectiva da realidade por meio de uma explicação diferente. Por exemplo, uma mulher se apaixona perdidamente por um homem. Um mês depois ele deixa a mulher alegando que ela não tem auto-confiança e não o deixava respirar. Mesmo depois do terceiro término consecutivo, pela mesma razão, ela conclui: "Eu sabia que este homem era um perdedor".

Por Marcos


Fonte: Psicologiaymente traduzido e adaptado por Psiconlinews
(www.psiconlinews.com)

Saudações

13 de fevereiro de 2017

Reflexões



“Quando a dor de não estar vivendo 

for maior do que o medo da mudança,

a pessoa muda” 
Freud


“Em última análise, 


precisamos amar para não adoecer”
Freud


“A ciência moderna ainda não produziu 

um medicamento tranquilizador 
tão eficaz como o são 

umas poucas palavras boas” 
Freud  


“Mas o que acontecerá,

se descubro, porventura, que o menor,
o mais admirável de todos,
o mais pobre dos mendigos,
o mais insolente dos meus caluniadores,
o meu inimigo, reside dentro de mim,
sou eu mesmo, e precisa da esmola da minha bondade,

e que eu mesmo sou o inimigo que é necessário amar?” 
Jung


“O homem que não atravessa o inferno de suas paixões 

também não as supera.
Elas se mudam para a casa vizinha 
e poderão atear o fogo 

que atingirá sua casa sem que ele perceba” 
Jung


“Uma neurose é sinal de acúmulo de energia no inconsciente, 

ao ponto de ser uma carga capaz de explodir” 
Jung




Fraternos Abraços 

12 de fevereiro de 2017

O Sábio / Iluminado Sigmund Freud

Psicanálise Freudiana

Freud de fato foi um homem para além de seu tempo, só o livro "A Interpretação dos Sonhos" sofreu inúmeras reformulações, ele voltava atrás e revia, quando percebia que a coisa não era bem da forma como ele imaginava. 

Entendo a Genialidade de Freud como da ordem da ousadia, ele não repetiu os jargões dos pré-freudianos que consistia em métodos atrelados a uma mudança de comportamento regada ao estilo pedagógico, ele deixou a sua marca, criou algo novo, percebeu o homem para além do sintoma, para além da doença, e é isso o "além" daquilo que aprendemos nos livros ou com a própria abordagem. 

A técnica sem uma percepção intuitiva que não comunga a intimidade e a humanidade do outro, é só técnica, não podemos tratar só com a técnica, do lado de lá há uma humanidade que sofre, de uma demanda de amor, coisa que Freud pontuou de forma grandiosa.

Por Katiana Santiago



Sábias palavras da colega citada acima. Temos sonhos e desejos não realizados. Temos vivências, histórias para contar e sensibilidade sim; mas é certo que esbarramos nas dificuldades de expressar em palavras nossos pensamentos, sentimentos e experiências por diversos motivos.

O importante é viver o romance da vida intensamente, enxergar o mundo a nossa volta com os olhos da Alma, ver além do véu que embaça nosso olhar e mostrar com sinceridade nosso interior.

O Essencial é Ser feliz!


Freud é Magnífico...Foi Um Ser Além do Seu Tempo! Sou Apaixonada por ele. Sua Teoria é rica e muito bem elaborada, não há furos na Psicanálise, ela faz o tricô necessário na Alma adoecida, angustiada. De fato move elementos desconhecidos, recalcados em uma esfera interior.

Foi Iluminado pelas pesquisas que fez 
no campo da Mente Humana. 

Compreender a estrutura do comportamento não é fácil, e como um Hábil Artista pintou seus ensinamentos com SABEDORIA.



Sigismund Schlomo Freud, 
mais conhecido, apenas, por Sigmund Freud 
(6 de maio de 1856 / 23 de setembro de 1939), 
nascido em Freiberg, Moravia, Áustria. 
Foi Neurologista e Fundador da Psicanálise.

Fernanda Tomaz

O que Freud fala do Amor? E do Sexo?


A sexualidade é a fraqueza de todos – e a Força: 

Sexo é o principal Motivador e Denominador comum para todos nós. Mesmo os indivíduos aparentemente puritanos e mais prudentes podem lutar muito contra os seus apetites sexuais e a expressão deles. Como prova basta olhar para os muitos escândalos que abalaram o Vaticano e igrejas fundamentalistas iguais. Freud observou esta luta lasciva em homens e mulheres no início da Viena vitoriana. Mas nossa sexualidade nos define de maneira saudável e absolutamente essencial, também.


Cada parte do corpo é erótica: 

Freud sabia que os seres humanos eram seres sexuais desde o início. Ele teve sua inspiração a partir da enfermagem: o bebê no peito da mãe pode ser usado para ilustrar o exemplo de uma sexualidade mais madura, dizendo:


“Ninguém que tenha visto um bebê se afundar de volta saciado do peito e adormecer com as bochechas coradas e um sorriso feliz pode escapar da reflexão que esse quadro persiste como um protótipo da expressão da satisfação sexual mais tarde na vida.”


Ele sabia, também,que a excitação sexual não se restringe a genitália, já que o prazer é conseguido através de ligação erótica para potencialmente qualquer área idiossincraticamente definida do corpo. Ainda hoje muitas pessoas que têm grande dificuldade em aceitar essa ideia.


A homossexualidade não é uma doença mental:

Ele observou que os gays são muitas vezes distinguidos por um especialmente alto desenvolvimento intelectual e cultura ética. Em 1930, ele assinou uma declaração pública para revogar uma lei que criminalizava a homossexualidade. E em sua famosa carta a uma mãe que desejava curar seu filho da homossexualidade, Freud escreveu:


“A homossexualidade não é seguramente nenhuma vantagem, mas não é nada para se envergonhar, nenhum vício, nenhuma degradação; ela não pode ser classificada como uma doença.”
Isso foi em 1935.



Todos os relacionamentos amorosos 
contem sentimentos ambivalentes:


Entre as várias descobertas de Freud, estava a ambivalência envolvida em todos os relacionamentos próximos e íntimos. Embora possamos conscientemente sentir um genuíno e realista amor para com um cônjuge, companheiro, pais ou filhos, as coisas nunca são exatamente o que parecem. No mundo do inconsciente, abaixo até mesmo do envolvimento mais amoroso e carinhoso estão sentimentos, fantasias e ideias que são negativas, de ódio, e destrutividade. Freud reconheceu que esta mistura de amor e ódio nas relações íntimas é parte da natureza humana e não necessariamente patológica.



Aprendemos a amar com nossos primeiros
relacionamentos com os pais e cuidadores: 


Nossas primeiras relações com os pais e cuidadores nos ajudam a formar um “mapa do amor” que persiste ao longo de nossas vidas. Isto é por vezes referido como “transferência“. Freud apontou que quando encontramos um objeto de amor estamos realmente “reencontrando-o”. Daí o fenômeno reconhecido frequentemente de indivíduos que escolhem parceiros que lembram-os de sua mãe / pai, um dos três fatos sobre atração sexual que você não gostaria de saber.


Nosso amado se torna uma parte de nós mesmos: 


Freud observou as características, crenças, sentimentos e atitudes daqueles que amamos sendo incorporados na própria psique. Ele chamou esse processo de “interiorização”. O seu conceito em relação à profundidade da conexão entre as pessoas está contido em tais expressões como se referindo ao nosso amado como “minha cara metade.”


A fantasia é um fator importante na excitação sexual: 

Freud observou que a excitação sexual vem de três direções: o mundo externo (relações, história sexual), o interior orgânico (hormônios sexuais) e da vida mental (fantasias sexuais). Em nossas fantasias sexuais, que muitas vezes evocamos todos os tipos de cenários estranhos e “perversos”, adicionamos à excitação sexual e esperamos que levem ao prazer. Isso é normal e não significa que realmente queremos nos envolver em tais cenários.


Por Mihaela Bernard


Fraternos Abraços